Azerbaijão vai fornecer energia à Hungria e Von der Leyen enaltece afastamento russo

Líderes de Hungria, Azerbaijão, Roménia e Geórgia à mesa e da Comissão Europeia atrás
Líderes de Hungria, Azerbaijão, Roménia e Geórgia à mesa e da Comissão Europeia atrás Direitos de autor AP
De  Francisco Marques
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Presidente da Comissão Europeia apoiou assinatura de acordo quadripartido que reforça diversificação do fornecimento de energia e afasta ainda mais o Kremlin

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Ursula von der Leyen esteve este sábado de manhã em Bucareste, onde enalteceu a assinatura de um acordo quadripartido de fornecimento elétrico do Azerbaijão à Hungria.

A Presidente da Comissão Europeia aproveitou o momento para destacar a diversificação de fornecedores de energia e sublinhou a necessidade de afastamento dos combustíveis fósseis russos devido à invasão da Ucrânia.

A Presidente da Comissão Europeia esteve ao lado do presidente da Hungria Viktor Orbán e do primeiro-ministro romeno Nicolae Ciuca, que ratificaram o acordo com o presidente do Azerbaijão Ilham Aliyev e com o primeiro-ministro da Geórgia, Irakli Garibashvili, para uma parceria nos setores da energia e dos transportes.

Na qualidade de anfitrião, o Presidente da Roménia, Klaus Iohanis, também esteve na cerimónia e publicou posteriormente um documento detalhando os pontos deste novo acordo quadripartido, mas sem revelar os custos dos projetos anunciados.

Logo à cabeça, surge uma ligação de fornecimento elétrico desde o Azerbaijão até à Hungria. O projeto deve ser iniciado em setembro e tem ativação prevista até 2029, com a ligação de um cabo com quase 1200 quilómetros, que irá passar pela Geórgia, ter a maior parte submersa ao longo do Mar Negro, entrar no território europeia pela Roménia até às tomadas de luz na Hungria.

O cabo vai revelar-se também "uma nova rota plena de oportunidade" para a Geórgia, "país com um horizonte europeu" e que pode tornar-se "um centro de distribuição energético", referiu Von der Leyen.

A líder europeia antecipou também o potencial desta nova ligação de poder "fornecer eletricidade também à Moldávia e contribuir para a modernização do sistema energético da Ucrânia", ainda muito preso as algumas estruturas da era soviética e agora parcialmente destruído pela ofensiva do Kremlin.

"Desde o início da guerra russa, que decidimos abandonar os combustíveis fósseis da Rússia e diversificar as nossas opções com parceiros mais confiáveis no campo da energia, como os que temos aqui nesta mesa, e está a funcionar", afirmou a Presidente da Comissão Europeia, em Bucareste.

O acordo quadripartido, ratificado esta manhã na capital da Roménia, inclui outros domínios de cooperação como as novas tecnologias no campo energético, a produção de hidrogénio e a expansão das infraestruturas de tráfego, lê-se no documento partilhado pelo presidente Klaus Iohanis.

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