UE unida em apoio à Ucrânia mas dividida na crise energética

Bruxelas conseguiu pôr fim ao impasse. Depois de um braço de ferro de 26 contra a Polónia, os líderes da União Europeia aprovaram, ao final da noite, um pacote de 18 mil milhões de euros de apoio à Ucrânia.
Na última cimeira do ano, foi ainda acordado o nono pacote de sanções à Rússia. As medidas restritivas vão abranger mais de 200 pessoas e entidades ligadas ao Kremlin e tentar vedar o acesso da Rússia aos drones que têm sido usados em bombardeamentos.
O líder da presidência rotativa dos Estados-membros, Petr Fiala, felicitou o consenso em relação a Moscovo e a aprovação da assistência macrofinanceira à Ucrânia, da qual Kiev espera uma tranche já em janeiro.
Limite para preço do gás ainda sem fumo branco
A "abordagem unificada" congratulada por Petr Fiala não se estendeu, contudo, a outras áreas. No combate à crise energética, os 27 permanecem divididos em relação a um teto máximo para o preço do gás.
A decisão foi empurrada para o próximo Conselho Extraordinário de ministros da Energia, que têm até segunda-feira para chegar a um compromisso.
Mas independentemente do valor que vier a ser acordado, Portugal e Espanha mantêm o compromisso para fazer face à pressão da guerra sobre o mercado energético. Os dois países pediram a Bruxelas a renovação, a partir de maio do mecanismo ibérico, um instrumento que limita, desde junho, o preço do gás na produção de eletricidade e que atualmente se encontra nos 60 euros por Megawatt-hora.