UE unida em apoio à Ucrânia mas dividida na crise energética

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De  Euronews
Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, Primeiro-Ministro da Chéquia, Petr Fiala, e Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Bruxelas
Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, Primeiro-Ministro da Chéquia, Petr Fiala, e Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Bruxelas   -  Direitos de autor  Olivier Hoslet/Copyright 2022 The AP. All rights reserved

Bruxelas conseguiu pôr fim ao impasse. Depois de um braço de ferro de 26 contra a Polónia, os líderes da União Europeia aprovaram, ao final da noite, um pacote de 18 mil milhões de euros de apoio à Ucrânia.

Na última cimeira do ano, foi ainda acordado o nono pacote de sanções à Rússia. As medidas restritivas vão abranger mais de 200 pessoas e entidades ligadas ao Kremlin e tentar vedar o acesso da Rússia aos drones que têm sido usados em bombardeamentos.

O líder da presidência rotativa dos Estados-membros, Petr Fiala, felicitou o consenso em relação a Moscovo e a aprovação da assistência macrofinanceira à Ucrânia, da qual Kiev espera uma tranche já em janeiro.

Limite para preço do gás ainda sem fumo branco

A "abordagem unificada" congratulada por Petr Fiala não se estendeu, contudo, a outras áreas. No combate à crise energética, os 27 permanecem divididos em relação a um teto máximo para o preço do gás.

A decisão foi empurrada para o próximo Conselho Extraordinário de ministros da Energia, que têm até segunda-feira para chegar a um compromisso.

Mas independentemente do valor que vier a ser acordado, Portugal e Espanha mantêm o compromisso para fazer face à pressão da guerra sobre o mercado energético. Os dois países pediram a Bruxelas a renovação, a partir de maio do mecanismo ibérico, um instrumento que limita, desde junho, o preço do gás na produção de eletricidade e que atualmente se encontra nos 60 euros por Megawatt-hora.