Itália testa à covid-19 todos passageiros de voos vindos da China

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De  Euronews  com LUSA
Passageiros de um voo da Air China de Guangzhou, China, deixam uma área de testes da covid-19 no aeroporto internacional Leonardo da Vinci, em Roma, Itália
Passageiros de um voo da Air China de Guangzhou, China, deixam uma área de testes da covid-19 no aeroporto internacional Leonardo da Vinci, em Roma, Itália   -  Direitos de autor  Alessandra Tarantino/Copyright 2022 The AP. All rights reserved

Itália começou a testar à covid-19 todos os passageiros que chegam aos aeroportos do país provenientes da China

Nos últimos dias, mais de metade das pessoas rastreadas à chegada ao aeroporto de Malpensa, em Milão, deram positivo para o vírus. 

A União Europeia abstêm-se no entanto de seguir o exemplo de Roma, por considerar não haver razão para voltar a impor controlos fronteiriços específicos.

"Permanecemos vigilantes e estaremos prontos para usar o travão de emergência se necessário", disse a Comissão Europeia, que preside ao Comité de Segurança de Saúde dos 27 Estados-membros.

A variante BF.7 da omicron, a predominante na China, já circulava na Europa e a sua ameaça não cresceu significativamente, sustentou a Comissão, que reuniu os altos responsáveis da saúde dos 27 que integram o Comité.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, aumentou a pressão sobre a UE para aderir à abordagem do seu governo, dizendo que a medida em Itália "só é eficaz se [tal] for feito a nível europeu", notando que muitos chegam em voos de ligação através de outros países europeus.

No entanto, a posição de Bruxelas foi já reiterada por vários Estados-membros, nomeadamente a Alemanha, que, de acordo com o porta-voz do Ministério da Saúde, Sebastian Guelde, considera que “não há indícios de que se tenha desenvolvido uma variante mais perigosa neste surto na China", disse .

As autoridades portuguesas dizem estar a acompanhar a acompanhar a situação epidemiológica "em articulação com os parceiros europeus e organismos internacionais".

Os Estados Unidos da América anunciaram na quarta-feira novos requisitos de testes COVID-19 para todos os viajantes da China, juntando-se a alguns países asiáticos que impuseram restrições devido a um aumento de infeções.

O Japão exigirá um teste covid-19 negativo à chegada aos viajantes da China, a Malásia anunciou novas medidas de rastreio e vigilância e Índia, Coreia do Sul e Taiwan estão também a exigir testes para visitantes vindos da China.