Bruxelas faz marcha atrás nos planos para deixar a energia nuclear até 2025 devido à crise energética resultante da guerra na Ucrânia
A Bélgica chegou a acordo com a Engie para prolongar em dez anos a vida de dois reatores nucleares, fazendo marcha-atrás na decisão de colocar um ponto final à energia nuclear no país até 2025. A decisão foi motivada pela crise energética resultante da guerra na Ucrânia.
Apesar dos Verdes serem um dos partidos da coligação governamental, e da saída do nuclear ter sido uma das suas exigências, o primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, defende a medida:
"Trata-se de uma forma de produção de energia extremamente eficaz, que não produz gases com efeito de estufa e onde o estado belga se assume como um parceiro importante. No passado, dizia-se com frequência que as decisões relativas à política energética da Bélgica eram tomadas no estrangeiro, noutras capitais europeias. Com esta medida, estas decisões voltam a ser tomadas no nosso país."
Os dois reatores em questão passarão a ser geridos em partes iguais pelo governo belga e pelo gigante da energia.
De acordo com o operador que gere a rede elétrica da Bélgica, sem este acordo o fornecimento de eletricidade no país estaria seriamente comprometido para os invernos de 2026 e 2027.