Ministro da Defesa da Polónia também apelou à Alemanha para ceder mais alguns tanques para ajudar a travar a invasão russa. O Kremlin revela preocupação
A Polónia enviou terça-feira para a Alemanha o pedido de autorização para poder ceder os tanques “Leopard 2” que possui à Ucrânia e a autorização oficial surgiu pouco mais de 24 horas depois.
O ministro da Defesa polaco, Mariusz Błaszczak, apelou ainda pelas redes sociais ao fabricante europeu dos tanques para se juntar à vaga de países que deverão enviar "Leopards" para ajudar a travar a invasão russa.
Pelo lado alemão, antes ainda de o chanceler Olaf Scholz anunciar o aval germânico, o ministro da Defesa germânico começou por jogar à defesa ao lado do secretário-geral da NATO, numa conferência de imprensa em Berlim, na segunda-feira de manhã.
Boris Pistorius já aconselhava no entanto os aliados que tenham “Leopards” a iniciar tão breve quanto possível a formação de militares ucranianos nesses tanques, enquanto espera para breve uma decisão sobre a autorização referida.
Jens Stoltenberg, por sua vez, somou "o anúncio e o anúncio de outros aliados da entrega de uma vasta gama de armamento à Ucrânia" para resumir que "isto é uma enorme contribuição para as capacidades de combate da Ucrânia".
Pelo menos 19 países importaram tanques “Leopard” da Alemanha, num total de 3500 unidades em diversas versões, revelou Krauss-Maffei Wegmann, a fabricante destes canhões móveis germânicos, que descreve o veículo como "o líder mundial dos tanques de combate."
Do lado do Kremlin, a cedência destes tanques alemães à Ucrânia motivou, como se esperava, uma reação, negativa.
“Não augura nada de bom para as relações entre a Alemanha e a Rússia”, afirmou porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov, antecipando “uma marca indelével” nos laços bilaterais entre Moscovo e Berlim.