Presidente dos EUA anuncia decisão horas depois da Alemanha confirmar o envio de Leopard 2 para apoiar o esforço de guerra da Ucrânia
Estados Unidos (EUA) vão enviar 31 tanques Abrams para a Ucrâniae começar de imediato a treinar soldados ucranianos na sua utilização e manutenção. Um anúncio feito por Joe Biden esta quarta-feira,na sequência da decisão alemã de aprovar o envio de Leopard 2 para a Ucrânia, após semanas de hesitação.
O Presidente dos EUA diz que a decisão mostra que os aliados estão unidos na frente de apoio à Ucrânia, ao contrário "fragmentação" esperada pela Rússia. Todos querem o fim da guerra mas os EUA e os aliados não vão deixar que uma "Nação seja agredida", frisa Biden.
Acção dos EUA concertada com Europa
Antes de anunciar a decisão, Joe Biden esteve ao telefone com os líderes da Alemanha, França, Itália e Reino Unido. O secretário-geral da NATO saudou a decisão norte-americana no apoio ao esforço de defesa da Ucrânia, sublinhando que os Abrams, juntamente com os Challenger britânicos e os Leopard 2 alemães podem fazer uma "diferença significativa" na contraofensiva ucraniana.
Os Leopard 2 e os Abrams são considerados os tanques mais modernos e bem equipados.
Têm uma capacidade de alcance muito significativa que no caso dos tanques norte-americanos pode chegar aos 1000 quilómetros.
Alemanha vai para já enviar uma companhia de Leopard 2 - ou seja 14 tanques, mas poderá disponibilizar dois batalhões, num total de 88 máquinas.
Rússia acusa aliados de "provocação"
Antecipando a decisão de Joe Biden, o embaixador russo em Washington já veio dizer que o envio de tanques americanos representa "provocação flagrante contra a Federação Russa".
Os Estados Unidos deixam de poder usar "argumentos sobre 'armas defensivas'", escreveu Anatoly Antonov no Telegram, acrescentando que qualquer tanque norte-americano será "destruído como todas as outras remessas de equipamento militar da NATO".