Nova ofensiva russa em Luhansk já começou

Tanque ucraniano com soldados visto de um carro perto da linha de frente próximo de Kremenna, na região de Lugansk, Ucrânia, domingo, 15 de janeiro de 2023.
Tanque ucraniano com soldados visto de um carro perto da linha de frente próximo de Kremenna, na região de Lugansk, Ucrânia, domingo, 15 de janeiro de 2023. Direitos de autor LIBKOS/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
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De  Euronews
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Informação foi avançada num relatório do Instituto para o Estudo da Guerra.

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A Rússia continua a bombardear várias cidades ucranianas e iniciou a próxima grande ofensiva na região de Luhansk, no leste do país.

A informação é avançada pelo Instituto para o Estudo da Guerra (ISW no acrónimo em inglês) num relatório recente.

"As forças russas recuperaram terreno na Ucrânia e começaram a próxima grande ofensiva na região de Luhansk. O ritmo das operações russas ao longo da linha de Svatove-Kreminna, em Luhansk, aumentou acentuadamente durante a última semana", refere o ISW.

“O destacamento de elementos que fazem parte de pelo menos três grandes divisões russas especializadas em operações ofensivas para esta região indica que a ofensiva começou, mesmo que as forças ucranianas estejam até agora a impedir as tropas russas de conseguirem ganhos significativos”, acrescenta o relatório.

De visita a Washington, o secretário-geral da NATO defendeu o aumento do apoio à Ucrânia, juntamente com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.

Stoltenberg também alertou que "se a Rússia vencer a Ucrânia, o mundo será menos seguro."

"Precisamos de estar preparados para um longo caminho e de ficar do lado da Ucrânia o tempo que for preciso. (...) Se o presidente Vladimir Putin vencer na Ucrânia, seria uma tragédia para os ucranianos, mas também seria perigoso porque enviaria uma mensagem para os líderes autoritários, na Ásia e também em outros lugares, que quando eles usam a força militar, podem atingir os objetivos e isso tornará o mundo mais perigoso e também mais vulnerável."
Jens Stoltenberg
Secretário-geral da NATO

Críticas no Conselho de Segurança da ONU

No Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Alta Representante para Assuntos de Desarmamento da ONU, Izumi Nakamitsu, disse, esta quarta-feira, que uma solução negociada do conflito é, para já, escassa enquanto a atual lógica militar prevalecer.

Ressalvou que o grande fluxo de armas em situação de conflito pode escalar a violência.

A reunião de ontem foi solicitada pela Rússiapara discutir o aumento do fornecimento de armas à Ucrânia pela Ocidente.Contou com a participação do músico britânico Roger Waters, cofundador da banda Pink Floyd, que falou por videoconferência na qualidade de "ativista civil a favor da paz."

Crítico da política ocidental na Ucrânia, Waters falou numa invasão "ilegal", mas induzida, e acabou, ele próprio, a ser alvo de críticas de vários diplomatas no Conselho de Segurança.

“A invasão da Ucrânia pela Rússia foi ilegal. Condeno-a nos termos mais fortes possíveis. Além disso, a invasão russa da Ucrânia não aconteceu sem provocação. Por isso, também condeno o provocador nos termos mais fortes possíveis."
Roger Waters
Cofundador Pink Floyd

Enquanto isso, o grupo de mercenários Wagner anunciou o fim do recrutamento de reclusos russos para combater na Ucrânia.

Fundado por Yevgeny Prigozhin, recrutou milhares de presos para lutar na Ucrânia a troco de uma redução da pena.

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