Ataques maciços a cidades ucranianas

Cerca de 150 mil casas ficaram sem eletricidade na região de Karkiv depois dos fortes ataques russos desta sexta-feira. Várias cidades ucranianas foram atingidas, incluindo a capital, onde as pessoas se rufugiaram no metro.
"A Ucrânia perdeu temporariamente 44% da sua capacidade de produção de energia nuclear, 75% da capacidade da sua central térmica e 33% da sua capacidade de cogeração", disse a o primeiro-ministro ucraniano Denys Chmygal. "A grande maioria dos ucranianos ainda tem acesso a aquecimento, água e eletricidade (...) há recursos suficientes para passar o Inverno", acrescentou.
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) afirmou numa declaração que um reator na central atómica de Khmelnytskyi (NPP) no oeste do país foi encerrado devido a instabilidades na rede elétrica.
Em Bucareste**,** o ministério da Defesa romeno disse que "nenhum míssil" tinha violado o espaço aéreo do país, ao contrário do que o chefe do exército ucraniano tinha garantido. O presidente ucraniano continua a garantir que "vários mísseis passaram pelo espaço aéreo da Moldávia e da Roménia", referindo-se a um "desafio à NATO" por parte da Rússia.
Visita aos aliados europeus
Os ataques desta sexta-feira aconteceram depois da deslocação do presidente da Ucrânia a Londres, Paris e Bruxelas. Sobre os encontros com os aliados europeus, Volodymyr Zelenskyy disse que recebeu “sinais positivos” e falou de “acordos importantes”.
Zelenskyy pede aviões e armamento pesado. O ultimo pedido foi feito ao governo dos Países Baixos.
Entretanto, Berna alegou a sua condição de neutralidade, e confirmou que não vai permitir que a Espanha transfira dois canhões antiaéreos de fabrico suíço para a Ucrânia.