Cortes nos postos de trabalho fazem parte de um plano de reconversão da fabricante de carros norte-americana, que, até 2030, quer produzir apenas veículos elétricos.
A Ford prepara-se para despedir 3.800 funcionários na Europa. A fabricante de carros norte-americana anunciou o corte de 11% da mão-de-obra na região, como parte do plano de transição para fabricar apenas veículos elétricos. Um objetivo que a companhia quer atingir até 2030.
Portugal excluído dos despedimentos
Nos próximos dois anos, a Ford vai cortar 2.800 postos de trabalho nas suas equipas de engenharia; os departamentos de administração, marketing, vendas e distribuição vão perder 1.000 trabalhadores.
Portugal fica para já de fora da vaga de despedimentos. Num total de 34 mil funcionários que a fabricante tem na Europa, Alemanha e Reino Unido serão os países mais afetados pelos cortes, com os germânicos a verem ser extintos 2.300 postos de trabalho e os britânicos 1.300, além de 200 cortes noutros locais não especificados.
"Estas são decisões difíceis, que não são tomadas de ânimo leve. Reconhecemos a incerteza que gera para a nossa equipa e asseguro-lhes que lhes ofereceremos todo o nosso apoio nos próximos meses", disse Martin Sander, diretor-geral da Ford Model Europe, no comunicado.
A empresa diz no entanto estar empenhada em trabalhar com os parceiros sociais para que a maioria das partidas seja feita de forma voluntária.
Investimento nos EUA
A notícia da subtração de empregos na Europa foi dada pela Ford quase em simultâneo com o anúncio de mais investimento e a criação de novos postos de trabalho nos Estados Unidos da América (EUA)
Através de uma publicação no Twitter, a empresa diz estar a "impulsionar a revolução dos veículos elétricos nos EUA", através da criação de de "2.500 novos empregos americanos e um investimento de 3,5 mil milhões de dólares na construção de uma fábrica de baterias LFP" no estado do Michigan.