Impacto negativo das fontes de energia dos carros elétricos continua a preocupar

A mobilidade elétrica ganhou ímpeto nos últimos anos. E com ela, têm vindo a ser levantadas questões sobre as baterias usadas nos carros elétricos.
Entre as críticas mais frequentes estão o impacto ambiental da extração de matérias-primas como o lítio, o respeito pelos direitos humanos,devido ao alegado trabalho infantil nas minas de cobalto, o elevado custo energético da sua produção e ainda uma taxa de reciclagem de apenas 10%.
Rita Tedesco, responsável pela transição energética da ONG ECOS, explicou que "a reciclagem de materiais de baterias não é, ao mesmo tempo, nem interessante para os recicladores, nem para os fabricantes porque é muito mais barato extrair materiais virgens do que reciclá-los".
Uma empresa espanhola está a testar o recondicionamento de baterias de automóveis, agora inutilizadas, para armazenar a energia solar produzida por painéis fotovoltaicos, no âmbito do projeto europeu Stardust.
Carlos Larrea, diretor do departamento de engenharia da empresa BeePlanet, falou sobre os resultados que obtiveram.
"18 das nossas baterias foram muito melhores do que o esperado. Esperávamos que se degradassem e perdessem capacidade muito mais depressa, mas vimos que não: as baterias para automóveis estão a durar mais do que esperávamos", salientou.
Um regulamento da União Europeia, em discussão, pretende regular pela primeira vez todo o ciclo de produção de baterias eléctricas. Entre os pontos-chave, estão objetivos mínimos para a reciclagem de matérias-primas críticas como o lítio e o cobalto para 80 e 90 por cento, respetivamente.