BRICS: Lula defende moeda alternativa ao dólar para os negócios

Presidente do Brasil, Lula da Silva, em Xangai
Presidente do Brasil, Lula da Silva, em Xangai Direitos de autor Gao Feng/Xinhua
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Presidente brasileiro iniciou uma visita à China à procura de uma reaproximação com Pequim

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Lula da Silva defende mais comércio nas moedas dos países que integram o grupo de economias emergentes BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e até mesmo uma divisa comum.

O presidente brasileiro iniciou, esta quinta-feira, uma visita de estado à China e começou por Xangai.

Na capital económica do país assistiu à tomada de posse da amiga de longa data Dilma Rousseff como presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), criado pelo grupo BRICS e apoiado pela China.

"Pergunto-me todas as noites: porque é que todos os países estão obrigados a fazer o comércio em dólares? Porque é que não podemos fazer o nosso comércio baseado na nossa própria moeda? Porque é que não temos o compromisso de inovar?", questionou o presidente do Brasil, durante a cerimónia de tomada de posse.

O banco apresenta-se como uma alternativa ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial, controlado maioritariamente pelos EUA e aliados ocidentais.

Dilma Rousseff disse que uma das prioridades passa por ampliar as transações nas moedas dos próprios países do bloco e descreveu o NBD como o "banco do Sul Global", orientado para os países-membros e para os países em desenvolvimento.

"Captaremos fundos dos mais diversos mercados mundiais, em diferentes moedas, como o renmimbi, o dólar e o euro. Também tentaremos financiar projetos em divisas locais, favorecendo os mercados domésticos e diminuindo a exposição às variações cambiais", sublinhou Rousseff.

Esta sexta-feira, o presidente do Brasil tem um encontro marcado com o homólogo chinês, Xi Jinping, em Pequim.

Será, seguramente, acompanhado de perto por Washington num contexto de tensão nas relações sino-americanas.

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