Responsáveis da UE e EUA atacados no Sudão

Cartum tornou-se num campo de batalha
Cartum tornou-se num campo de batalha Direitos de autor AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Embaixador da União Europeia atacado em casa. Antony Blinken acusa rebeldes de atingirem coluna diplomática dos EUA

PUBLICIDADE

Ao quarto dia de confrontos no Sudão, o balanço de mortos já ronda as duas centenas e o de feridos quase dois mil. Até agora, os dois generais em guerra têm ignorado os apelos para baixarem as armas, embora haja indícios de que as forças rebeldes poderão aderir a um cessar-fogo.

Vários representantes internacionais têm sido alvo de ataques. O embaixador da União Europeia foi agredido na sua própria casa em Cartum, naquilo a que Josep Borrel, o chefe da diplomacia europeia, chamou de "violação grosseira da Convenção de Viena".

Três trabalhadores do Programa Alimentar Mundial foram mortos e armazéns com ajuda humanitária no Darfur foram pilhados. Uma coluna diplomática norte-americana foi atingida por disparos, alegadamente das forças rebeldes, declarou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.

António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, veio condenar "com veemência a escalada dos confrontos no Sudão e apelo aos líderes das Forças Armadas Sudanesas e das Forças de Apoio Rápido a cessar as hostilidades imediatamente, a restabelecer a calma e iniciar o diálogo para resolver esta crise. A situação já levou a terríveis perdas de vida, incluindo muitos civis".

Doze hospitais de Cartum, a capital, foram evacuados devido ao corte de energia e os restantes debatem-se com uma situação caótica, faltando todo o tipo de recursos para acolher as vítimas dos combates de rua e dos bombardamentos, numa cidade tornada campo de batalha.

O exército, liderado pelo general Abdel Fattah al-Burhan, denuncia um golpe de Estado das chamadas Forças de Apoio Rápido, dirigidas pelo general Mohamed Hamdan Dagalo. O braço de ferro entre os dois militares prende-se precisamente com a integração das Forças de Apoio Rápido nas tropas regulares e na definição da cadeia de comando.

Num país onde um terço dos 16 milhões de habitantes depende de ajuda humanitária, e com um longo registo de golpes militares, muita da população está sequestrada em casa perante um grau de violência que está a alcançar patamares sem precedentes.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Cessar-fogo violado e milhares de pessoas em fuga do Sudão

Cessar-fogo falha no Sudão

Alemanha promete milhões em ajuda ao Sudão no aniversário da guerra