Cessar-fogo falha no Sudão

Duas mulheres e uma criança caminham por Cartum, Sudão, no dia em que foi decretado um cessar-fogo no país
Duas mulheres e uma criança caminham por Cartum, Sudão, no dia em que foi decretado um cessar-fogo no país Direitos de autor -/AFP or licensors
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Organizações internacionais afirmam que ainda há combates nas ruas a impossibilitar a assistência a civis.

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Ao final de quatro dias de confrontos, a promessa de tréguas no Sudão não passou das intenções. O exército e as forças paramilitares do país chegaram a acordo para um cessar-fogo de 24 horas que devia ter começado às 18 horas locais (16h00 TMG). Esperava-se que esta trégua abrisse caminho a uma paz mais duradoura, mas as armas não se calaram em Cartum, a capital, impossibiitando a criação de corredores humanitários.

A Cruz Vermelha Internacional garante estar preparada para entrar em ação no terreno e apela a ambas as partes que permitam a assistência a civis.

"Temos milhares de voluntários que estão prontos, aptos e treinados para realizar serviços humanitários. Infelizmente, devido à situação atual, eles não são capazes de se deslocar. Temos ambulâncias, temos pessoas capazes de prestar os primeiros socorros, apoio psicossocial, mas isso só será possível quando os corredores humanitários forem assegurados por todas as partes", afirma Farid Aiywar, chefe da delegação da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC) no Sudão.

As tréguas humanitárias tinham sido acordadas depois do apelo dos Estados Unidos a um cessar-fogo.

O Sudão vive desde sábado mergulhado em confrontos entre o exército nacional e as tropas paramilitares das Forças de Apoio Rápido. Na base do desentendimento está a luta pelos comandos do país entre os dois generais no poder desde o golpe de Estado de 2021.

Até ao momento, o combate dos últimos dias já resultou em cerca de 200 mortes confirmadas.

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