Opositor do regime foi condenado, em dezembro, a oito anos e meio de prisão. Entre os detidos está também um jornalista norte-americano.
É mais um opositor de Putin a ficar atrás das grades. Ilya Yashin viu o recurso rejeitado, esta quarta-feira, por um tribunal de Moscovo e vai mesmo ter de cumprir a sentença de oito anos e meio de prisão a que foi condenado em dezembro.
Yashin é acusado de divulgar informações falsas sobre os militares, o que, aos olhos da lei russa, desde a invasão da Ucrânia, é um crime.
Em causa estão publicações na internet a denunciar atrocidades em Bucha, a cidade ucraniana onde centenas de civis foram mortos e deixados na rua
O crítico do regime, um dos poucos que permaneceu na Rússia, após o início da guerra, alega ter citado fontes oficiais russas e declarações do lado ucraniano para dar uma visão objetiva dos acontecimentos
"Não renunciarei à verdade atrás das grades", disse, enfatizando que considerava ser seu dever dizer a verdade.
Os argumentos pouco contaram em tribunal, numa semana triste para os opositores do Kremlin. Ainda esta terça-feira também Evan Gershkovich, jornalista norte-americano, viu o recurso a ser rejeitado.
Um dia antes, o mesmo tribunal condenava o ativista político Vladimir Kara-Murza a 25 anos de prisão por traição, divulgação de notícias falsas e gestão de uma organização ilegal.