Secretário-geral da NATO faz visita surpresa a Kiev

Jens Stoltenberg e Volodymir Zelenskyy
Jens Stoltenberg e Volodymir Zelenskyy Direitos de autor DIMITAR DILKOFF/AFP or licensors
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De  Euronews com EFE
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Jens Stoltenberg disse que o futuro da Ucrânia está na NATO, e que neste momento a prioridade é que o país "prevaleça" na guerra

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Os países da NATO vão debater uma maior integração da Ucrânia, na cimeira de julho, em Vílnius. A informação foi confirmada pelo Secretário-Geral da Aliança Atlântica.

Numa altura em que as tropas ucranianas tentam manter as posições na cidade de Bakhmut, claramente o alvo imediato das forças russas, Jens Stoltenberg fez uma visita surpresa a Kiev para reafirmar o apoio da aliança à Ucrânia.

"A NATO está convosco hoje, amanhã e pelo tempo que for necessário", disse Stoltenberg numa conferência de imprensa conjunta com o presidente ucraniano, sublinhando que "a agressão russa segue um padrão tóxico que precisa de ser interrompido" e que a NATO deve "continuar a reforçar as Forças Armadas ucranianas".

O Secretário-geral disse que os Aliados concordam que o futuro de Kiev está na NATO e lembrou que a prioridade é que a Ucrânia "prevaleça" na guerra, pois só então continuará a ser uma nação independente e fará sentido considerar a adesão.

Presidente ucraniano pede mais determinação

Volodymir Zelenskyy expressou a certeza de que a Ucrânia se tornará membro da NATO e pediu que, até que isso aconteça, a aliança estenda as garantias de segurança ao país, algo que "se surgir a possibilidade" poderia acontecer já na cimeira realizar em Vílnius, no próximo mês de julho.

"Não há nenhum obstáculo objetivo que impeça a adoção de decisões políticas sobre o convite da Ucrânia para a aliança. "Agora, quando a maioria das pessoas nos países da NATO e a maioria dos ucranianos apoiam a entrada do nosso país na aliança, é tempo de tomar a decisão apropriada", defendeu Zelenskyy.

Rússia determinada em evitar entrada da Ucrânia na NATO

O Kremlin aproveitou a presença do Secretário-Geral da NATO em Kiev para reconhecer que um dos objetivos da campanha militar russa é precisamente impedir a entrada da Ucrânia na Aliança Atlântica.

"Sem dúvida. Caso contrário, representaria uma séria ameaça ao nosso país, à sua segurança", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, numa conferência de imprensa, em resposta a uma pergunta sobre a questão.

Peskov evitou comentar a forma como a Rússia encara as perspetivas de adesão da Ucrânia à NATO. "O Kremlin não tem qualquer avaliação destas perspetivas", declarou.

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