Nações Unidas e Amnistia Internacional tentaram travar a execução, mas esbarraram na apertada política antidroga das autoridades asiáticas
Um homem condenado à morte em Singapura, pelo tráfico de um quilo de marijuana, foi executado esta quarta-feira.
O alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos tinha pedido na véspera às autoridades de Singapura para travar a execução e a Amnistia Internacional também pressionou, mas ambos sem sucesso.
“A pena de morte por crimes de droga é incompatível com as normas e padrões internacionais. Os países que ainda não aboliram a pena de morte apenas a podem impor nos crimes mais graves”, expressou Ravina Shamdasani, a porta-voz da Agência da ONU para os Direitos Humanos.
Tangaraju Suppiah, de 46 anos, foi detido em 2014 por uso de drogas e acabou implicado num crime de tráfico no ano anterior, pelo qual foi condenado à morte em 2018 e agora executado.
Os condenados por tráfico em Singapura são condenados à morte a partir de 15 gramas de heroína ou 500 gramas de marijuana.
Mesmo declarando-se inocente do crime de tráfico, Tangaraju foi enforcado na prisão de Changi, como confirmou à France Press um porta-voz da administração penitenciária de Singapura, uma república asiática conhecida pelas leis rigorosas contra o tráfico de estupefacientes.
Foi a primeira execução de um condenado à morte este ano em Singapura, que só no passado cumpriu 11 penas capitais.