ONU envia alto responsável humanitário ao Sudão

Residente de Cartum observa fumo resultante dos combates na cidade
Residente de Cartum observa fumo resultante dos combates na cidade   -  Direitos de autor  Marwan Ali/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
De  Euronews

Combates já fizeram mais de 500 mortos e dezenas de milhares de deslocados

Apesar de prolongada, a trégua continua a não ser respeitada, e os combates no Sudão entre o Exército regular e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido fizeram já mais de 500 mortos e dezenas de milhares de deslocados. 

Estima-se que cerca de quarenta mil sudaneses tenham fugido para países vizinhos, sobretudo para o Chade, mas também para países como o Sudão do Sul, a Etiópia ou a República Centro-Africana. 

Os combates alargaram-se a 12 dos 18 estados que compõem o Sudão, incluindo o Darfur.

Em resposta à crise, o secretário-geral da ONU António Guterres anunciou o envio do mais alto responsável da ação humanitária das Nações Unidas, o sub-secretário-geral para os assuntos humanitários Martin Griffiths, ao país.

Nos hospitais sudaneses a situação é crítica, face à falta de equipamento, medicamentos e pessoal médico, problemas agora exacerbados mas que já existiam antes do conflito.

Ahmed Al-Mandhari, diretor regional da OMS para o Mediterrâneo Oriental:"Mesmo antes desta crise, já se sabia que o sistema de saúde no Sudão tinha passado por anos difíceis, que enfraqueceram e fragilizaram as infraestruturas, incluíndo hospitais e centros médicos de diferentes níveis no Sudão."

As evacuações organizadas por capitais estrangeiras também continuam. 

Várias centenas de norte-americanos deixaram o país a bordo de um navio, depois de serem transportados de autocarro, com uma escolta de drones armados, de Cartum até Porto Sudão.

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