Decisão inviabiliza participação nas legislativas de 21 de maio. Líder do Partido Nacional Grego cumpre pena de prisão, desde 2020, por crimes graves.
O Partido Nacional Grego está de fora das próximas legislativas. O Supremo Tribunal impediu, esta terça-feira, a formação de extrema-direita de concorrer às eleições agendadas para 21 de maio, por não preencher os requisitos necessários.
Na base da decisão está uma lei recente, aprovada pelo parlamento da Grécia em fevereiro, que proíbe a ida às urnas a pessoas condenadas por crimes graves, tal como acontece com o fundador do Partido Nacional Grego, Ilias Kasidiaris.
O ex-deputado, que criou há dois anos o partido, cumpre desde 2020 uma pena superior a 13 anos de prisão pela liderança de uma outra força partidária, o Aurora Dourada. A formação neonazi foi banida do parlamento por ser considerada uma associação criminosa, após ataques dos seus membros a imigrantes e políticos de esquerda.
Apesar de uma mudança de última hora na direção do Partido Nacional Grego, o Supremo tribunal decidiu manter com nove votos a favor e um contra a proibição, amplamente apoiada pelos principais partidos políticos no país.
A deliberação foi já contestada pelos dirigentes do partido de extrema-direita, que manifestaram intenção de recorrer à justiça europeia para revogar a decisão.