Chefe do Grupo Wagner ameaça retirar de Bakhmut

Yevgeny Prigozhin
Yevgeny Prigozhin Direitos de autor AFP PHOTO / TELEGRAM CHANNEL OF CONCORD GROUP
De  Euronews com EFE
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Yevgeny Prigozhin justifica decisão de retirar mercenários devido a falta de munições e grande número de baixas

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O líder do Grupo Wagner ameaça retirar as unidades da cidade ucraniana de Bakhmut, na região oriental de Donetsk, na próxima quarta-feira, devido à falta de munições e às pesadas baixas nas suas fileiras. Yevgeny Prigozhin, identifica os destinatários do recado: "o Chefe do Estado-Maior General, Valery Gerasimov, o Ministro da Defesa, Sergey Shoigu, o Comandante-em-Chefe, Vladimir Putin, e o povo da Rússia"

Em dois vídeos publicados na rede social Telegram, Prigozhin avisa diretamente o governo russo: "a 10 de Maio de 2023, seremos obrigados a entregar as posições na cidade de Bakhmut às unidades do Ministério da Defesa e a destacar mercenários para a retaguarda para lamber as nossas feridas".

"Retiro as unidades do Grupo Wagner de Bakhmut porque, com a falta de munições, estão condenadas a uma morte inútil", diz num dos vídeos, enquanto aponta para um campo cheio de cadáveres com uniforme militar do Grupo Wagner, referindo que perde cerca de 100 homens por dia em Bakhmut.

Caminhando à noite entre dezenas de corpos diz: "Estes homens são da Wagner. Morreram hoje, o seu sangue ainda está quente (...) Morreram para que vocês possam engordar nos vossos gabinetes!"

"Sentam-se nas vossas discotecas caras e os vossos filhos gozam a vida, fazem vídeos no YouTube!", prossegue Prigozhin. "Shoygou! Gerasimov! Onde é que estão as minhas munições?"

Prigozhin afirmou que os seus combatentes dispõem apenas de 10% das munições de que necessitam e que está preparado para ser criticado pela sua decisão.

Nas suas contas, faltam conquistar 2,5 quilómetros quadrados da área de 45 quilómetros quadrados de Bakhmut. Refere também que as baixas seriam cinco vezes menores se as unidades de Wagner recebessem munições adequadas.

O líder do grupo WAgner diz que o plano seria tomar a totalidade da cidade "a 9 de Maio", o dia da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazi, mas que sem munições a tarefa será impossível.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, recusou-se comenta a ameaça e remeteu uma resposta para o Ministério russo da Defesa.

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