As lições aprendidas em dois anos de confronto com a pandemia e as consequências da invasão da Ucrânia foram alguns dos temas em destaque
“Construir a Europa em Tempos de Incerteza”, este foi o tema principal da 13ª edição da Conferência sobre o estado da União Europeia.
Oradores de todo o mundo encontraram-se em Florença para debater, durante dois dias, a forma como os “27” têm lidado com as crises passadas e presentes.
As lições aprendidas em dois anos de confronto com a pandemia e as consequências da invasão russa da Ucrânia foram alguns dos temas abordados no primeiro dia de debate.
Esta sexta-feira, as atenções centraram-se na política externa da Europa e na crise energética, a pior que o continente alguma vez enfrentou.
"Por vezes, a Europa concentra-se apenas em pequenos problemas e, por isso, não é capaz de enfrentar desafios maiores. Porque é que a Itália salientou a necessidade de lidar com a migração? Porque é uma questão partilhada por todos, não é apenas um problema italiano", afirmou Antonio Tajani, Ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália.
“Infelizmente, embora tenhamos ficado um pouco mais fortes, outros países ficaram muito mais fortes, pelo que, relativamente à China, à Rússia, à Índia e a outras potências não ocidentais, penso que estamos relativamente fracos e isso faz parte do nosso problema”, defendeu Timothy Garton Ash, professor de Estudos Europeus da Universidade de Oxford.
Os tempos de incerteza não estão a chegar ao fim e as eleições europeias do próximo ano serão um momento chave para determinar o futuro da União Europeia. A conferência enviou uma mensagem muito clara: os ensinamentos retirados da recente crise não são, por si só, suficientes para reforçar a Europa.