Pelo menos 74 migrantes perderam a vida, mas há ainda centenas de desaparecidos
As operações de resgate prolongam-se à procura de sobreviventes de uma das piores tragédias do ano no Mediterrâneo. Pelo menos 79 pessoas perderam a vida, a sudoeste da Grécia, no naufrágio de um barco de pesca proveniente da Líbia que transportava centenas de migrantes.
Athanasios Vasillopoulos, presidente da Câmara de Kalamata:"Estamos chocados. É algo que o cérebro humano não consegue processar. Somos todos seres humanos, pais, e quando uma coisa destas acontece ficamos chocados e questionamos como acontece uma tragédia assim. A comunidade está mobilizada. As autoridades locais e muitas organizações trouxeram comida para estas pessoas. E muitos residentes telefonaram-me para oferecer o que for preciso para estas pessoas. Todos reagiram de forma positiva."
Pelo menos 104 pessoas foram resgatadas e transportadas para o porto de Kalamata, mas a embarcação transportaria entre 400 e 750 pessoas. Atenas decretou três dias de luto nacional.
Gioli Kambouropoulou, residente de Kalamata:"Quando estas coisas acontecem, os nossos pensamentos estão com essas pessoas. Não queremos que morram aqui ou noutro lado. Estas pessoas têm o direito de vir para a Europa e devemos cuidar delas. É inacreditável como isto aconteceu com pouco vento. Espero que haja mais sobreviventes e vamos ajudá-los como pudermos."
Apostolos Staikos, euronews:"Assim que os primeiros sobreviventes chegaram ao porto de Kalamata, muito residentes já aqui estavam para lhes oferecer roupa, comida e medicamentos. Também estão aqui psicólogos para apoiar os sobreviventes, mas não conseguem responder à questão que têm: O que aconteceu e onde estão os nossos entes queridos?"