Cimeira da Concordia decorre em Madrid, duas semanas antes de Espanha assumir a presidência da União Europeia
O futuro da Europa discute-se em Madrid. Cimeira da Concórdia reúne 75 dirigentes políticos e responsáveis do setor privado. Em cima da mesa, o risco geopolítico do atual momento, com a guerra na Ucrânia, a transição energética, e a forma como a tecnologia, especialmente a inteligência artificial, afeta as decisões.
"Com a guerra na Ucrânia, a segurança energética vai estar no centro das discussões e vai determinar o que acontece na Europa e no continente, bem como a forma como afecta o mercado global," diz Matthew Swift, co-fundador da Concordia Summit.
A guerra na Ucrânia obrigou a União Europeia a traçar um novo caminho em matéria de fontes de energia, reduzindo a dependência externa.
Uma transição que pesa inesperadamente nos orçamentos nacionais.
José Manuel Durão Barroso, antigo Presidente da Comissão Europeia, regista que "mesmo em países muito empenhados nos objectivos climáticos, existe alguma resistência" aos modelos de sustentabilidade energética. Barroso espera que os argumentos a favor descarbonização vençam "devido à pressão da atual situação geopolítica".
"É muito importante para a Europa não estar dependente da energia proveniente de outros países," afirma o antigo responsável europeu.
E porque a guerra não se faz apenas no campo de batalha, há outras frentes a ter em conta. A ciber-defesa e a inteligência artificial são temas quentes do debate na capital espanhola. O fórum decorre estratégicamente duas semanas antes de Espanha assumir a presidência da União Europeia.