Franceses marcham de guarda-chuva pelos refugiados

 Marcha de Guarda-chuva, em Lyon.
Marcha de Guarda-chuva, em Lyon. Direitos de autor JEAN-PHILIPPE KSIAZEK/AFP
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De  Verónica Romano
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Organizações de voluntariado recorrem cada vez mais ao acolhimento pelos cidadãos para os requerentes de asilo

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Para assinalar o Dia Mundial do Refugiado, realizou-se uma Marcha de Guarda-chuva esta terça-feira, em Lyon, no leste de França. 

O objetivo foi mostrar solidariedade aos requerentes de asilo que chegam à Europa.

Os guarda-chuvas brancos simbolizam proteção, explicou Jean-François Ploquin, diretor-geral da organização não-governamental (ONG) Forum Réfugiés. "Temos de continuar a acolher refugiados", acrescentou.

De acordo com a associação, os requerentes de asilo na Europa têm vivido em situação de precariedade nos últimos anos e, portanto, reconhecem a importância das ONGs que os ajudam.

Sem as associações, teria passado um mau bocado. Talvez me tivesse fechado, talvez me tivesse suicidado, com tudo o que se passa...
Raissa Flore
Refugiada

"França acolheu num ano o mesmo número de refugiados que acolhe todos os anos de requerentes de asilo: cerca de 100 mil. Por isso, tínhamos de acolher 'o dobro'", disse Ploquin.

Para fazer face a este aumento, as organizações de voluntariado recorrem cada vez mais ao acolhimento pelos cidadãos. 

Odile Lacour está habituada a receber refugiados. "Há 10 anos que acolhemos requerentes de asilo, porque nos escandalizámos com o facto de, apesar de terem uma autorização de residência, não estão alojados, são sem-abrigo", destacou.

Yacouba Bangane passou por essa mesma situação. "Quando cheguei, foi muito difícil. Estava a dormir em Part-Dieu [em Lyon]. Não tinha ninguém. Por isso, fui acolhido por famílias", contou.

Segundo a Forum Réfugiés, os pedidos de asilo na Europa atingem o nível mais elevado desde 2016.

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