Zelenskyy em Praga à procura de apoio para a adesão da Ucrânia à NATO

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy com o presidente da Chéquia, Petr Pavel
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy com o presidente da Chéquia, Petr Pavel Direitos de autor Petr David Josek/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
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O presidente da Ucrânia recebeu na Bulgária e na Chéquia o apoio que procura para a adesão do seu país à Aliança Atlântica e para a luta contra o invasor.

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O périplo do presidente da Ucrânia pelo leste da Europa passou pela  Bulgária e pela Chéquia.

Em Praga, Volodymyr Zelenskyy recebeu o apoio que procura para a entrada do seu país na NATO

O primeiro-ministro, Petr Fiala, disse estar convencido de que "o futuro da Ucrânia está na União Europeia e na NATO" e prometeu doar helicópteros militares e outro material para ajudar Kiev na defesa contra a invasão russa.

Para além disso, a Chéquia promete ajudar também a Ucrânia na formação de pilotos, incluindo a formação para aviões F16, e fornecer simuladores de voo para que a formação possa ter lugar não só nos países do ocidente, mas também na Ucrânia.

Petr Fiala afirmou: "A Chéquia é um dos maiores fornecedores de assistência militar à Ucrânia. A guerra já dura há quase 500 dias. Enviámos 676 peças de equipamento pesado e mais de 4 milhões de munições de médio e grande calibre para a Ucrânia".

No Twitter, o presidente da Ucrânia publicou uma mensagem referindo as conversações tidas em Praga e agradecendo o apoio: "Continuamos o nosso trabalho na Chéquia com negociações com o primeiro-ministro, Petr Fiala, e altos funcionários checos. Muitas questões importantes. A nossa segurança comum, os fornecimentos e, muito importante, a produção conjunta de armas. Pacote de defesa. Cooperação económica. Trabalho conjunto com países terceiros. Obrigado pela vossa solidariedade para com o nosso país e o nosso povo, por todo o apoio checo à nossa luta pela liberdade!"

Ao lado do seu homólogo checo, Petr Pavel, o presidente da Ucrânia deixou um novo recado à NATO: "Precisamos de honestidade nas nossas relações (...) É altura de demonstrar "a coragem e a força desta aliança".

Antes de Praga, Zelenskyy passou por Sofia, a capital da Bulgária, onde recebeu o mesmo apoio.

O primeiro-ministro búlgaro, Nikolai Denkov, afirmou: "Uma Ucrânia independente e soberana é chave para a segurança euro-atlântica e para a defesa da região. A Rússia deve retirar-se incondicionalmente do território da Ucrânia e sair das fronteiras reconhecidas a nível internacional. E deve ser responsabilizada devidamente, nomeadamente por crimes de guerra".

Volodymyyr Zelenskyy que, em cada destino reitera o pedido de mais armas para reforçar a atual contraofensiva à invasão russa, disse em Sófia: "É muito importante que, no meio desta crise moral na Europa, a Bulgária se oponha à política de genocídio que a Rússia está a promover contra a nossa independência e a nossa liberdade. O mais valioso é a compreensão que se obtém dos países, das pessoas e dos líderes que não rejeitam a verdade e que escolhem o caminho moral", afirmou.

O presidente da Ucrânia está numa espécie de corrida contra o tempo a angariar apoios antes da próxima cimeira da NATO, prevista para 11 e 12 de julho, em Vilnius, na Lituânia. A etapa seguinte é a Turquia.

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