É a maior contribuição financeira do Reino Unido desde o início da invasão russa em 2022. De visita a Kiev, David Cameron sublinhou que Ucrânia tem direito a usar as armas forncidas por Londres para atacar alvos em solo russo.
O Reino Unido anunciou que vai entregar à Ucrânia três mil milhões de libras (cerca de 3,5 mil milhões de euros) por ano durante "o tempo que for necessário". O anúncio foi feito na quinta-feira pelo chefe da diplomacia britânica, David Cameron, em Kiev, onde se encontrou com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, e o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba.
"Vamos dar três mil milhões de libras todos os anos, enquanto for necessário. O pacote de ajuda é o maior do Reino Unido até à data", disse Cameron, citado pelas agências internacionais.
"Alguns desses (equipamentos) estão a chegar à Ucrânia hoje, enquanto estou aqui", acrescentou.
Na segunda visita a Kiev desde que se tornou ministro dos Negócios Estrangeiros, Cameron afirmou que a Ucrânia tem o direito de utilizar as armas fornecidas por Londres para atacar alvos no interior da Rússia e que cabe a Kiev decidir se o fará.
"A Ucrânia tem esse direito. Como a Rússia está a atacar dentro da Ucrânia, compreende-se perfeitamente que a Ucrânia sinta a necessidade de se defender", delcarou.
Cameron aplaudiu ainda a aprovação de um pacote de ajuda de 61 mil milhões de dólares (perto de 57 mil milhões de euros), há muito adiado, pelo Congresso dos Estados Unidos.
"É absolutamente crucial, não apenas em termos das armas que trará, mas também do impulso moral que trará às pessoas aqui na Ucrânia".
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, agradeceu o apoio britânico e pediu que o material de guerra chegue "tão cedo quanto possível".
"Em primeiro lugar, veículos blindados, munições e mísseis de vários tipos", realçou Zelenskyy.