Kremlin confirma encontro entre Putin e chefe do grupo Wagner

Vladimir Putin e Yevgeny Prigozhin
Vladimir Putin e Yevgeny Prigozhin Direitos de autor Mikhail Klimentyev/AP
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Encontro aconteceu cinco dias depois do motim. Paradeiro de Prigozhin continua incerto.

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O Kremlin confirmou um encontro entre Vladimir Putin e o chefe do grupo Wagner no dia 29 de junho, cinco dias depois de Yevgeny Prigozhin ter liderado o motim do grupo de mercenários. 

Sem avançar pormenores, o porta-voz de Putin disse que o Presidente esteve reunido com 35 oficiais superiores do Wagner, e que o encontro terá durado cerca de três horas.

"Putin ouviu as explicações dos comandantes e ofereceu-lhes outras opções de emprego e de formas de combate. Os próprios comandantes apresentaram a sua versão do que aconteceu. Sublinharam que são apoiantes e soldados convictos do chefe de Estado e do comandante supremo, (referindo-se a Vladimir Putin) e disseram também que estão prontos para continuar a lutar pela sua pátria", declarou Dmitry Peskov.

Embora Putin tenha rotulado Prigozhin de traidor, o processo criminal contra o chefe dos mercenários foi arquivado e o seu destino final permanece incerto.

Grupo Wagner lutou pelos interesses russos

O facto de Putin ter negado, até há pouco tempo, qualquer ligação entre o Estado e as forças de Prigozhin contribuiu para o caráter invulgar do encontro do dia 29 de junho. Embora os mercenários sejam ilegais na Rússia, as tropas do grupo Wagner lutaram pelos interesses russos em todo o mundo e desempenharam um papel vital na captura de Bakhmut.

No entanto, ao longo da guerra, Prigozhin criticou as decisões tomadas pelas altas patentes militares russas, provocando tensões com o Kremlin que culminaram, a 24 de junho, num motim armado em que liderou os seus combatentes para a Rússia. Prigozhin terminou o motim depois de ter sido negociado um acordo para a sua deslocação à Bielorrússia.

Dias depois da revolta, o Presidente Alexander Lukashenko afirmou que Prigozhin estava na Bielorrússia. Mas, na semana passada, afirmou que o chefe dos mercenários estava na Rússia.

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