Presidente bielorrusso afirma que paramilitares Wagner exilados no seu território podem ajudar a antiga república soviética com a experiência que detêm em técnicas de combate
O presidente da Bielorrússia confirmou que Yevgeny Prigozhin já se encontra no seu país. Alexander Lukashenko afirmou "não haver razão nenhuma para recear" os mercenários Wagner, que muito podem ensinar aos militares bielorrussos e deu detalhes sobre a dívida que Vladimir Putin tem agora para com ele.
"O mais perigoso não era a situação, era o resultado daquela situação e as consequências. Apercebi-me de que tínhamos de tomar uma decisão complicada. Como Putin sugeriu no seu discurso, tínhamos de absorvê-los. Propus a Putin que tomasse algum tempo e sugeri que deveria falar com Prigozhin e os seus comandantes", declarou o presidente bielorrusso.
Assim Lukashenko conseguiu desmobilizar a revolta que ameaçava chegar às portas de Moscovo.
Em homenagem aos militares que travaram a "guerra civil" e impediram que a Rússia mergulhasse no "caos", Vladimir Putin conduziu uma cerimónia que passou por um minuto de silêncio pelos pilotos dos aviões abatidos durante o tumulto.
A solenidade do momento não impediu que o presidente russo assumisse mais tarde que os combatentes de Prigozhin, os mesmos por detrás da revolta, são totalmente financiados pelo Kremlin, que no último ano lhes terá atribuído qualquer coisa como 900 milhões de euros.
As investigações desencadeadas sobre a rebelião já terminaram e Moscovo decidiu não avançar com nenhuma acusação nem a Prigozhin, nem às suas tropas.