Desilusão de Zelenskyy por não receber convite de adesão à NATO atenuada pela criação do Conselho NATO-Ucrânia. Presidente ucraniano sente-se integrado.
Sem convite para aderir à NATO, pelo menos por agora, mas com o início do Conselho NATO-Ucrânia, a Aliança Atlântica espera dar espaço a Kiev para se sentir, de alguma forma, integrada no bloco.
No segundo e último dia de cimeira o secretário-geral da Aliança Atlântica deu uma conferência de imprensa com o presidente ucraniano para retirar as dúvidas sobre a nova relação que aqui se cria. No encontro com os jornalistas Jens Stoltenberg explicou que se trata de um fórum "onde a Ucrânia e os aliados da NATO se encontrarão em pé de igualdade, realizarão consultas de emergência e tomarão decisões em conjunto".
O Presidente ucraniano precisou de "pôr os pontos nos is", acrescentando que o conselho não é "um instrumento de participação, mas sim de um instrumento de integração e é disso que vamos precisar".
À procura de apoios em Vilnius
À margem da cimeira Volodymyr Zelenskyy encontrou-se com líderes de vários países: França, Reino Unido, Canadá, Países Baixos, Austrália, entre outros. Os da Alemanha e EUA são elos chave já que são os que se opõem, mais afincadamente, a uma adesão rápida da Ucrânia à NATO.
Depois do primeiro impacto, por não haver convite de adesão, o chefe de Estado ucraniano acabou por agradecer os esforços da Aliança ainda que admitisse que "o ótimo" era ter-se dado esse passo.