Ucrânia e Croácia chegam a acordo sobre exportação de cereais ucranianos

Mísseis russos atacaram instalação de cereais em Pavlivka, na Ucrânia, a 22 de julho deste ano.
Mísseis russos atacaram instalação de cereais em Pavlivka, na Ucrânia, a 22 de julho deste ano. Direitos de autor AP Photo/Jae C. Hong
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De  Verónica Romano
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Mosvoco retirou-se do acordo de cereias ucranianos há duas semanas. Kiev viu-se obrigado a encontrar outra solução

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A Ucrânia e a Croácia chegaram a acordo sobre a utilização dos portos croatas no rio Danúbio e no mar Adriático para a exportação de cereais ucranianos.

A negociação decorreu entre os ministros dos Negócios Estrangeiros de ambos os países, em Kiev.

Há duas semanas, Moscovo retirou-se do acordo de exportação de cereais ucranianos pelo Mar Negro. Portanto, Kiev teve de procurar outra solução e, finalmente, encontrou-a.

"Vamos agora trabalhar para construir as rotas mais eficientes para estes portos [no Danúbio e no Adriático] e tirar o máximo partido desta oportunidade", anuncia Dmytro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia.

Em julho, em apenas nove dias, os ataques aéreos russos destruíram cerca de 180 mil toneladas de culturas de cereais.

Necessária mais ajuda humanitária

Os ataques da Rússia não param.

As autoridades ucranianas reportaram quase 60 ataques aéreos durante esta segunda-feira. A cidade de Kryvyi Rih foi um dos alvos. Os russos bombardearam um complexo de apartamentos e um edifício universitário, matando pelo menos seis pessoas e ferindo dezenas.

Libkos/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
Um míssil atingiu um edifício de apartamentos em Kryvyi Rih, na Ucrânia, esta segunda-feira.Libkos/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.

A Organização das Nações Unidas (ONU) diz que as necessidades humanitárias da Ucrânia estão a aumentar. Com o frio a chegar e milhares de edifícios danificados, Denise Brown, coordenadora humanitária na Ucrânia, da ONU, alerta para a situação crítica.

Na Arábia Saudita, a cidade de Jeddah prepara-se para acolher a Cimeira da Paz na Ucrânia, que vai acontecer este mês. 

Os Estados Unidos vão estar presentes, ao contrário da Rússia, que não foi convidada. Espera-se que a China envie uma delegação à cimeira.

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