Oito países procuram uma estratégia conjunta para salvar a maior floresta tropical do mundo
A cidade brasileira de Belém acolhe, a partir desta terça-feira, a Cimeira da Amazónia. Trata-se de um encontro de dois dias que Lula da Silva considera já como um "marco histórico" no objetivo de erradicar a deflorestação, uma meta ambiciosa que o presidente pretende tornar realidade em 2030.
Mas, se salvar a Amazónia é salvar o planeta, a questão da exploração de petróleo não pode ser tabu, sublinha a ativista Taina Silva: "O petróleo na Amazónia significa o extermínio de comunidades inteiras, de vidas, de cultura e de conhecimento. Nós entendemos que só será possível [impedir] se defendermos as nossas comunidades. É por isso que somos contra o petróleo. É por isso que somos contra a exploração nas comunidades".
Lula recebe os presidentes da Bolívia, Colômbia, Guiana, Peru e Venezuela, e também ministros do Equador e Suriname (com o Brasil, são os oito países da Organização do Tratado de Cooperação Amazónica), para preparar um texto conjunto sobre os desafios climáticos de uma região que acolhe 10% da biodiversidade da Terra.
Esse documento será apresentado na COP-28, que se realiza no próximo mês de novembro, nos Emirados Árabes Unidos.