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Flotilha humanitária: Portugal junta-se aos protestos mundiais após detenção de ativistas

Mulher coloca velas em cima de uma bandeira palestiniana em Roma
Mulher coloca velas em cima de uma bandeira palestiniana em Roma Direitos de autor  Gregorio Borgia/Copyright 2025 The AP. All rights reserved.
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De Euronews
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Milhares de pessoas juntaram-se em Lisboa e no Porto nos protestos convocados pelo movimento de solidariedade com a Palestina. Manifestantes exigem libertação dos ativistas detidos, sanções internacionais contra Israel e o fim do genocídio na Faixa de Gaza.

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A detenção dos ativistas que seguiam de barco até à Faixa de Gaza originou uma onda de protestos global.

Numa altura em que nada se sabe ainda sobre o estado dos quatro portugueses detidos pelas forças israelitas, Portugal não ficou de fora das manifestações, com protestos a serem convocados em nove cidades do país.

Em Lisboa, mais de mil pessoas deslocaram-se até à porta da embaixada de Israel para protestarem contra a detenção dos ativistas e contra o que chamam de "genocídio" na Faixa de Gaza. O protesto teve início pelas 18h00, perto da zona do Saldanha. Muitos seguravam cartazes onde pedem "Liberdade para a flotilha" e "Sanções para Israel" . O local foi inundado de bandeiras palestinianas e do lenço simbólico Keffiyeh.

Já no Porto, a maior concentração aconteceu na Praça D. João I, junto ao Mercado do Bolhão. Segundo a agência Lusa, os manifestantes deixaram o espaço pedonal, em frente ao Teatro Municipal Rivoli, e cortaram o trânsito pelas 20:00, levando a que a polícia redirecionasse o trânsito.

Em Coimbra, cerca de 300 pessoas desfilaram pela baixa em protestos contra a situação na Faixa de Gaza e a detenção dos ativistas da flotilha humanitária. 

Além da libertação dos ativistas detidos, os manifestantes exigem o fim ao cerco ilegal à Faixa de Gaza e sanções dos países contra Israel.

Os protestos contra as ações israelitas realizaram-se em várias cidades de países como Espanha, França, Reino Unido, Itália, Polónia, Países Baixos, Alemanha, Paquistão, Malásia e México.

Embaixadora portuguesa em Israel visita amanhã portugueses detidos

Marcelo Rebelo de Sousa confirmou esta quinta-feira que Mariana Mortágua, Sofia Aparício, Miguel Duarte e Diogo Chaves irão receber a visita da embaixadora portuguesa em Israel durante o dia de amanhã.

O Presidente da República explicou que o contacto com os quatro detidos irá permitir "perceber exatamente o que se está a passar em termos de identificação administrativa".

É esperado que os ativistas detidos sejam deportados nos próximos dias, num processo atrasado também pela celebração do Yom Kipur, o feriado religioso no país.

O chefe de Estado indicou que não são conhecidas as condições de saúde dos portugueses a quem será dada uma "escolha".

“Ou assinam um documento, dizendo que saem com a sua concordância do território de Israel, e aí, Israel cobre as despesas dessa saída o mais rápido possível”, começou por dizer. “Ou preferem a outra via que é ficar em território israelita e nessa medida iniciar o processo que conduz à intervenção do juiz, que depois decidirá em que termos ocorre essa saída - e aí já o Estado de Israel não cobriria essas saídas”, explicou Marcelo.

Benjamin Netanyahu já veio felicitar a ação dos militares que, segundo o primeiro-ministro israelita, "repeliram uma campanha de deslegitimação contra Israel".

"Felicito os soldados e comandantes navais que realizaram a sua missão durante o Yom Kippur (feriado judaico) da forma mais profissional e eficiente", disse Netanyahu em comunicado. "A sua importante ação impediu que dezenas de navios entrassem na zona de guerra e repeliu uma campanha de deslegitimação contra Israel", afirmou.

Israel confirmou a detenção de mais de 400 pessoas, que foram transferidas para o porto de Ashdod.

"Durante uma operação, que durou cerca de 12 horas, o pessoal da marinha israelita conseguiu impedir uma tentativa de incursão em grande escala, realizada por centenas de pessoas a bordo de 41 navios que tinham declarado a sua intenção de violar o bloqueio marítimo legal sobre a Faixa de Gaza", informou um responsável israelita.

"No final da operação, mais de 400 participantes foram transferidos em segurança para o porto de Ashdod para serem recebidos pela polícia".

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