Kiev e Ocidente contestam fortemente escrutínio organizado pelo Kremlin nas regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson, Zaporíjia e na Crimeia
Nas regiões da Ucrânia ocupadas e anexadas pela Rússia contam-se ainda os votos de eleições locais fortemente contestadas por Kiev e pelo Ocidente, mas Moscovo reinvindica já a vitória do partido de Vladimir Putin.
Para além de Donetsk, Luhansk, Kherson, Zaporíjia e a Crimeia, o voto teve lugar também em 69 regiões russas. Os escrutínio decorreu entre sexta-feira e domingo.
Apesar da guerra na Ucrânia ter estado ausente da campanha no território russo, esteve na mente dos eleitores, sobretudo em localidades como Rostov-on-Don, alvo de um ataque com drones na última semana.
Na linha da frente, em território ucraniano, os combates continuam, com Kiev a reclamar avanços apesar de uma contraofensiva mais lenta do que o esperado.
A Ucrânia diz que a Rússia está a preparar uma nova campanha de mobilização forçada de até 700.000 novos recrutas para fazer face a baixas "catastróficas".
A vizinha Roménia, membro da NATO, apresentou um protesto formal a Moscovo na sequência da descoberta, no seu território, de restos de um drone "semelhante aos usados pelo Exército russo".
Com a proximidade do conflito, as autoridades romenas têm também investido na modernização das capacidades navais e dos seus sistemas de radar, nomeadamente no porto de Constanta, no Mar Negro.
Bucareste quer também oferecer uma rota alternativa para os cereais ucranianos.