Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) revê previsões em alta e diz que PIB da Rússia deve crescer 1,5% este ano.
Apesar do impacto das sanções ocidentais, a economia russa deve crescer este ano, segundo as previsões Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD), que revê assim em alta a anterior previsão, que apontava para uma queda. Em maio, o banco previa uma descida de 1,5% no PIB russo. Agora diz que a economia russa vai crescer o mesmo valor.
O BERD, fundado para ajudar os países da ex-União Soviética a adaptarem-se aos mercados livres, afirma que as receitas da Rússia foram impulsionadas pelos elevados preços do petróleo e pelas novas oportunidades de exportação para a China, Índia e países da Ásia Central. O Banco esperava que a limitação do preço do petróleo, no âmbito das sanções, tivesse um impacto negativo maior.
Segundo o comunicado do BERD, "a atividade económica manteve-se robusta, em particular o consumo dos lares e as despesas públicas relacionadas com o conflito em curso na Ucrânia". O BERD nota ainda que "os números do segundo trimestre foram surpreendentemente elevados". No entanto, o maná não deve durar muito tempo, já que o banco prevê um abrandamento económico a partir do próximo ano.
A Rússia tem procurado reforçar os laços comerciais com a China, a Índia e outras nações não-alinhadas para apoiar a economia afetada pelas sanções. No entanto, a instituição acredita que isso não será suficiente para compensar o arrefecimento da economia russa previsto para 2024.
No conjunto das economias monitorizadas pelo BERD, o crescimento deverá ser de 2,4%, um número acima dos 2,2% previstos em maio. Quanto à Ucrânia, o banco mantém a previsão de crescimento de 1% para este ano e 3% para 2024.