A porta-voz do Hezbollah disse que o aumento da intensidade das trocas de tiros não indica que o grupo tenha decidido entrar totalmente na guerra.
Os confrontos entre o Líbano e Israel intensificaram-se este domingo, com o Hezbollah a disparar foguetes e as forças israelitas a responderem com bombardeamentos. Pelo menos uma pessoa morreu do lado israelita e várias ficaram feridas dos dois lados da fronteira.
A porta-voz do Hezbollah disse que o aumento da intensidade das trocas de tiros não indica que o grupo tenha decidido entrar totalmente na guerra. Segundo Rana Sahili, os combates na fronteira representam um "aviso" e são a resposta aos bombardeamentos que mataram o jornalista da Reuters na sexta-feira e dois civis libaneses no sábado.
O porta-voz do exército israelita, o Contra-Almirante Daniel Hagari, afirmou que, independentemente de quem estiver a disparar contra Israel a partir da fronteira norte,"o Líbano é responsável e continuará a ser responsável pelo fogo que sai do seu território".
Desde o início da guerra desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas contra Israel, em 7 de outubro, os confrontos na fronteira causaram cerca de dez mortos do lado libanês e pelo menos dois do lado israelita.
A maior parte das vítimas são combatentes do lado libanês, mas também foram mortos civis, incluindo um jornalista e um casal da aldeia de Chebaa.
Este aumento de tensão fez temer a abertura de uma nova frente com a entrada no conflito do Hezbollah pró-iraniano, que poderia arrastar o Líbano para a guerra.