Minutos antes da informação ser divulgada, OMS manifestava-se cética quanto ao encaminhamento da ajuda humanitária a Gaza já esta sexta-feira
(Atualização)
O terminal de Rafah vai abrir esta sexta-feira. A informação é avançada pela estação de informação egípcia AlQahera News. A passagem de Rafah é a única saída da Faixa de Gaza que não é controlada por Israel.
A cadeia de televisão, reputada pelas suas proximidades aos serviços de informação do Egipto, não avançou detalhes. Minutos antes deste anúncio, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmava não ser certo que a ajuda humanitária pudesse entrar no território palestiniano esta sexta-feira.
O presidente norte-americano, Joe Biden, obteve do homólogo egípcio Abdel Fattah al-Sissi a garantia da passagem de 20 camiões com ajuda humanitária. Um número manifestamente insuficiente para a Organização Mundial da Saúde.
Publicado 19/10/23 às 08:14
Israel concordou em deixar chegar ajuda humanitária a Gaza mas o processo pode ser mais demorado do que se pretende porque as vias rodoviárias foram destruídas pelos bombardeamentos israelitas.
Os presidentes dos EUA e Egito tinham anunciado que este apoio à Faixa de Gaza, há muito aguardado pelos palestinianos, ia começar a transitar pela passagem de Rafah. Depois de Israel autorizar a passagem de camiões que transportam comida, água e medicamentos.
Depois de um encontro com o Primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu Joe Biden renovava o apoio ao país e deixava um aviso. O chefe de Estado norte-americano explicava que "Israel concordou" com o envio de "assistência humanitária" apartir do Egito para Gaza mas garantia que "se o Hamas desviar ou roubar a ajuda, terá demonstrado mais uma vez que não se preocupa com o bem-estar do povo palestiniano".
Apesar das acusações feitas pelo Hamas e pelo mundo árabe, Biden afirmava, baseando-se em "informações recolhidas pelo Pentágono", como o próprio frisava, que o projétil que caiu num hospital, e que matou mais de 470 pessoas, foi lançado por "terroristas em Gaza", por engano ou tendo falhado o alvo.
Uma tragédia que minou os esforços diplomáticos do presidente dos EUA enquanto no Médio Oriente se multiplicavam os protestos contra Israel.
Quanto à ajuda humanitária, ela é importante não só para os palestinianos mas também para os israelitas feitos reféns pelo Hamas. Serão quase duas centenas.