Regresso forçado de milhares de afegãos satura fronteira com o Paquistão

Passagem de Torkham
Passagem de Torkham Direitos de autor Muhammad Sajjad/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
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Prazo de saída imposto por Islamabad terminou a 1 de novembro. Organizações humanitárias denunciam violência em ambos os lados da fronteira

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Chegam continuamente do Paquistão, de onde foram expulsos, para regressar contra a vontade ao país natal, o Afeganistão

A fronteira de Torkham tornou-se num imenso centro de registo, gerando bloqueios administrativos e tempos de espera intermináveis.

"Tínhamos construído uma casa, obrigaram-nos a deixar tudo para trás. Trouxemos metade da nossa roupa e deixámos metade. Passámos por tanta coisa que ainda estou a tremer. Deixámos tudo para trás e partimos", contava uma afegã.

Islamabad identificou cerca de 1,7 milhões de afegãos em situação irregular em solo paquistanês. Muitos vieram depois os talibãs tomarem o poder em Cabul.

O governo paquistanês deu um ultimato para o prazo de saída que terminou a 1 de novembro e que, estima-se, resultou no êxodo de 165 mil pessoas.

Os controlos policiais e as detenções multiplicam-se. As organizações humanitárias denunciam a violência da polícia e recordam que muitos desses afegãos serão perseguidos pelos talibãs se voltarem a casa.

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