Embarcação saiu de manhã para o mar apesar das condições adversas e naufragou quatro horas depois. Tripulação declarada seria de três pessoas
Um "golpe de onda" terá estado na origem do naufrágio de um veleiro de bandeira dinamarquesa, na sexta-feira, ao largo da praia Formosa, em Torres Vedras, no litoral centro de Portugal.
Os quatro tripulantes da embarcação, dois homens e duas mulheres, acabaram por morrer. Pelo menos três eram dinamarqueses.
O veleiro "Dorado Ishoj" terá largado de Peniche pelas 07 horas da manhã, enfrentando ondas de sete metros, acabou por naufragar pelas 11 horas e deu à costa virado pelas 13h30, na Praia Azul, a sul de Santa Cruz.
O corpo da última vítima foi recuperado dentro do veleiro quando o barco estava a ser removido da praia, pelas 16 horas. A nacionalidade deste último óbito está por conhecer e terá inclusive levantado suspeitas às autoridades.
De acordo com o Correio da Manhã, as autoridades terão revelado que o veleiro estaria a viajar desde a Dinamarca e que os tripulantes seriam experientes, já tinham feito várias paragens e sempre declararam ser três pessoas a bordo.
A descoberta do quarto cadáver dentro do barco, que se juntou aos outros três que deram à costa pouco depois do naufrágio, terá motivado um novo ângulo de investigação.
O mesmo jornal cita um casal de velejadores que se teria cruzado com a tripulação nórdica que pretendia rumar a Cascais e que a teria aconselhado a não prosseguir viagem devido às condições adversas.
A Autoridade Marítima informou entretanto, este sábado, ter retomado as buscas por uma mulher que terá sido arrastada para o mar por uma onda perto do Cabo Raso, em Cascais.
A vítima será colombiana, terá 29 anos e foi "apanhada" pelo mar pelas 17h30 quando fazia fotografias com o marido nas rochas situadas perto do restaurante Maré, do Chef José Avillez.
O homem também caiu à água, mas salvou-se com a ajuda de uma boia e de uma corrente humana composta por populares que testemunharam o incidente.