Colocar migrantes no estrangeiro parece ser a nova tendência dos países europeus a braços com a crise migratória.
No caminho do endurecimento da lei da imigração na Alemanha, o chanceler, Olaf Scholz, concluiu o acordo com os governos estaduais após longas e duras negociações.
Scholz prometeu analisar a eventualidade de pedidos de asilo no estrangeiro. "O nosso objetivo comum é fazer recuar esta migração irregular. Uma coisa é certa: precisamos de melhor proteção das fronteiras externas da Europa e precisamos de uma distribuição baseada na solidariedade na Europa. É por isso que é também necessário que façamos tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir que podemos repatriar aqueles que não podem ficar, com mais facilidade do que acontece hoje. Acordos de migração com os países de origem e os países de trânsito são um pré-requisito indispensável para isso", disse.
Colocar migrantes no estrangeiro parece ser a nova tendência. A Itália estabeleceu, na segunda-feira, um acordo com a Albânia, para construir no país dois centros de acolhimento de migrantes.
As ONG's e ativistas que salvam migrantes no mar denunciam a medida como “deportação” e afirmam ser contra o direito internacional.
Na Albânia, a oposição classifica o acordo como “uma traição” e acusa o primeiro-ministro de falta de legitimidade para o assinar.
Sali Berisha, líder do Partido Democrata albanês afirma: "Expressando o meu respeito pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, devo dizer que a assinatura de Edi Rama tornou o acordo inválido. É inválido porque Edi Rama é um primeiro-ministro sob investigação internacional, que está disposto a assinar tudo".
Bruxelas solicitou esta terça-feira "informações detalhadas" ao governo de Roma, sobre o acordo assinado na segunda-feira, que visa transferir para a Albânia a recepção dos migrantes e a análise dos seus pedidos de asilo.
Entretanto, um barco que transportava 80 migrantes encalhou ao largo de Lampedusa na noite passada.