Pelo menos três unidades de saúde foram atacadas esta sexta-feira em Gaza, Israel admite operação militar junto ao maior hospital da cidade
"Hoje foi o dia da guerra contra os hospitais." O lamento é do diretor do hospital de Al-Shifa, o maior de Gaza e onde cerca de 50 mil pessoas procuravam abrigo, depois de uma série de ataques contra três unidades de saúde do território. De acordo com as autoridades locais, morreram pelo menos 22 pessoas.
Israel admite a realização de uma operação militar mas diz que não dispara contra hospitais. Admite no entanto que se o Hamas disparar a partir de uma unidade hospitalar, "fará o que tiver de fazer". Há muito que as Forças Armadas Israelitas acusam o Hamas de se esconder em túneis escavados debaixo do hospital de Al-Shifa.
A Cruz Vermelha Internacional diz que os hospitais locais atingiram um ponto de não retorno e as vidas de milhares de pessoas estão em risco. Já o responsável pelos Direitos Humanos das Nações Unidas, Volker Türk, pede uma investigação aos bombardeamentos indiscriminados contra áreas densamente povoadas.
À medida que prosseguem os bombardeamentos, prossegue também o êxodo da população local à procura de segurança. De acordo com as Forças Armadas Israelitas, mais de cem mil pessoas deixaram a cidade de Gaza rumo ao sul do território nos últimos dois dias.