Ucrânia entre os países com maior mortalidade devido a minas antipessoais

Relatório anual LandMine Monitor foi divulgado
Relatório anual LandMine Monitor foi divulgado Direitos de autor SANTIAGO LLANQUIN/AP
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O número de vítimas de minas antipessoais aumentou mais de 50%, no ano passado. Entre as causas resgistadas, de acordo com o relatório anual do Landmine Monitor, publicado na terça-feira, está a invasão russa da Ucrânia.

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Passaram mais de duas décadas desde a adoção do Tratado de Proibição de Minas, mas em pleno século XXI as minas terrestres antipessoais continuam a ser usadas como armas de guerra.

O alerta é dado pelo relatório anual LandMine Monitor, divulgado esta terça-feira e que, em 2022, registou pelo menos 4 710 pessoas feridas ou mortas por minas e resíduos de guerra explosivos (1 661 mortos, 3015 feridos e 34 com estatuto desconhecido). Metade das vítimas civis foram crianças.

Além de serem responsáveis pela morte de pessoas, as minas terrestres estão a inviabilizar o acesso a terras e a destruir meios de subsistência em mais de 60 países e territórios.

Olhando para o mapa dos países mais contaminados pelos engenhos, o Afeganistão aparece em primeiro lugar. Mas da lista negra há três países europeus a destacar-se entre os 10 mais afetados, um dos quais, a Croácia, apesar de ter também sido neste país da União Europeia, onde se registou uma das maiores desminagens do ano.

Países mais contaminados por minas antipessoais em 2022:

  1. Afeganistão
  2. Bosnia e Herzegovina
  3. Camboja
  4. Croácia
  5. Etiópia
  6. Iraque
  7. Turquia
  8. Ucrânia

A Síria, em guerra desde 2011, é no entanto onde as minas matam mais. E apesar de o conflito ser mais recente, o segundo lugar na contagem de vítimas mortais passou a ser ocupado pela Ucrânia, fruto da invasão russa a 24 de fevereiro de 2022.

Países com maior mortalidade devido a minas antipessoais em 2022:

  • Síria - 834 pessoas
  • Ucrânia - 608 pessoas
  • Iémen - 500 pessoas
  • Myanmar - 500 pessoas

Mas o país do leste da Europa, que aderiu ao Tratado, é também referido por ter recorrido a minas durante o período de referência. De acordo com o documento, as autoridades ucranianas estão a investigar as circunstâncias em que foram usadas minas antipessoais em Izium e arredores, quando a cidade estava sob controlo russo.

O relatório, que serve de base para o trabalho regular dos 164 Estados e territórios signatários da Convenção de Otava sobre a Proibição e Eliminação das Minas Antipessoais, identificou ainda 12 países, todos eles de fora do Tratado, que continuam a produzir estes engenhos explosivos.

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