A maioria dos especialistas diz que é inevitável a erupção vulcânica; a questão é de saber quando vai acontecer.
Cerca de dois mil pequenos sismos, com magnitude de até 2,8 na escala de Richter, foram registados durante as últimas 24 horas, em Grindavik e arredores, na Islândia.
As autoridades continuaram a evacuação da cidade, com mais quatro mil pessoas a serem obrigadas a sair de casa este sábado, após a evacuação inicial no início da semana.
Na quinta e sexta-feira, os cidadãos foram autorizados a voltar brevemente para recolher animais de estimação e pertences necessários.
As ruas de Grindavik estão repletas de fissuras e buracos por toda parte. Os cientistas dizem que o canal de magma se forma no subsolo da cidade e tem agora cerca de 15 km de extensão, podendo o vulcão entrar em erupção a qualquer momento. A maioria dos especialistas diz que é inevitável, a questão é de saber, quando.
A primeira-ministra da Islândia, Katrín Jakobsdóttir, insiste que “nenhum outro país além da Islândia está melhor preparado para vulcões e outros desastres naturais”, e diz que o governo está, para já, focado em fornecer abrigo e suprir as necessidades dos cidadãos de Grindavik.
Enquanto isso, os vulcanólogos começam a prever uma nova era de erupção intensa na Islândia, com décadas ou mesmo séculos de duração. Por exemplo, a península de Reykjanes, onde fica Grindavik e a capital do país, Reykjavik, não teve erupções durante cerca de oito séculos, mas, desde 2021, já teve três.