Exército israelita leva jornalistas a um túnel sob o complexo do hospital al- Shifa, em Gaza

Túneis mostrados aos jornalistas pelas FDI, na zona do hospital al-Shifa, em Gaza
Túneis mostrados aos jornalistas pelas FDI, na zona do hospital al-Shifa, em Gaza Direitos de autor AHIKAM SERI/AFP or licensors
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As Forças de Defesa Israelitas (FDI) também exibiram armas, munições e explosivos que dizem pertencer ao Hamas.

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O exército israelita levou na quarta-feira um grupo de jornalistas ao que resta do imenso complexo do hospital al-Shifa, em Gaza, destruído pelos bombardeamentos.

O Coronel Elad Tsury, comandante da 7° brigada blindada, guiouos jornalistas pelo que diz ser uma rede de túneis do Hamas, no meio de destroços e fios elétricos e explicou:"Há um quarto com ar condicionado; vê-se uma casa de banho e até uma pequena cozinha. Então, isso significa que quando estão a tentar sobreviver, eles vêm aqui para baixo, usam os hospitais como escudo humano e podem ficar aqui por muito tempo."

 Elad Tsury garantiu que o túnel é muito longo e que liga a cidade ao hospital, mas segundo o repórter da AFP, os jornalistas não puderam visitar o resto do espaço. A agência refere ainda que as imagens de vídeo recolhidas  e as declarações  foram submetidas à censura militar israelita para aprovação.

As Forças de Defesa Israelitas (FDI) também exibiram armas, munições e explosivos que dizem pertencer  ao Hamas.

Uma pausa apenas

A visita ocorreu no momento em que Israel e o Hamas anunciavam um acordo para libertar 50 dos reféns detidos pelo Hamas, na Faixa de Gaza, em troca de 150 palestinianos detidos em prisões israelitas, durante uma trégua de quatro dias no território palestiniano.

O Contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz das FDI disse aos jornalistas: “Agora há um acordo a chegar e talvez isso aconteça. Estaremos prontos, vamos parar e libertar os nossos reféns. Temos uma obrigação moral para com os nossos reféns, mas quando os trouxermos de volta, voltaremos e derrotaremos o Hamas".

Elad Tsury disse que os militares descobriram perto do Al-Shifa o corpo de um dos reféns, o soldado Noa Marciano, de 19 anos.

Israel afirma que 240 pessoas – israelitas, com dupla nacionalidade e estrangeiros – foram raptadas por homens armados do Hamas quando estes lançaram os ataques mais mortíferos nos 75 anos da história de Israel. Pelo menos 1.200 pessoas foram mortas, a maioria civis, segundo o governo.

Em retaliação, Israel lançou uma campanha implacáve de bombardeamentos e uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza. Segundo o governo dirigido pelo Hamas no território palestiniano, a guerra já matou mais de 14.100 pessoas, entre as quais milhares das quais crianças.

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