O novo primeiro-ministro neozelandês anunciou que a lei que ia proibir a venda de tabaco a pessoas nascidas a partir de 2008 já não vai avançar. Receitas das vendas e possível emergência de um mercado negro estão na origem da decisão.
A Nova Zelândia vai revogar as leis antitabaco revolucionárias aprovadas no ano passado. O governo da ex-primeira-ministra Jacinda Arden tinha proibido a venda de cigarros ou outros produtos relacionados com tabaco a pessoas nascidas após 2008.
Agora, já com Christopher Luxon no poder, o líder do executivo conservador vai eliminar a chamada "proibição geracional de fumar".
Luxon alega que a receita fiscal resultante da venda de cigarros é bem-vinda e que o avanço da proibição pode levar à emergência de um mercado negro, "que, em grande parte, não seria tributado".
Apesar de o número de adultos fumadores na Nova Zelândia ser já relativamente baixo, apenas 8%, o anterior governo tinha como meta um país seria completamente livre de fumo.
Além do aumento constante do limite de idade, a nova lei, que só iria entrar em vigor no final do ano, pretendia reduzir o número de retalhistas a vender produtos de tabaco para um máximo de 600 em todo o país, uma queda maciça em relação ao número atual de seis mil.