Frustração no Dubai a dois dias do fim da cimeira da ONU sobre o clima

Ativistas tingem de verde as águas do Grande canal, em Veneza, para chamar a atençãos dos participantes na cimeira do clima no Dubaii
Ativistas tingem de verde as águas do Grande canal, em Veneza, para chamar a atençãos dos participantes na cimeira do clima no Dubaii Direitos de autor Extinction Rebellion via AP
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A eliminação progressiva dos combustíveis fósseis é um dos principais obstáculos. Líderes da OPEP instam os seus Estados-membros a bloquear quaisquer artigos que visem os combustíveis fósseis.

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A dois dias da conclusão da cimeira da ONU sobre o clima, no Dubai, crescem os receios de que os avanços sejam reduzidos. "Estamos a fazer progressos, mas não suficientemente rápidos nem satisfatórios", afirmou o presidente da COP28, Sultan al-Jaber, numa sessão plenária.

De facto, foram anunciados alguns acordos, mas até agora nada de sensacional nem de inovador. De acordo com os participantes, mesmo o texto da declaração final ainda está longe de ser acordado.

Toeolesulusulu Schuster, negociador de Samoa para o clima, afirmou, desalentado: "É muito lento. Especificamente em domínios como a adaptação. Ainda não há texto. É frustrante, para ser honesto convosco. Não estamos aqui para desistir ainda. Estamos aqui a longo prazo porque queremos um bom resultado para continuarmos vivos".

A eliminação progressiva dos combustíveis fósseis é um dos principais obstáculos, uma vez que, na sexta-feira, os líderes da OPEP instaram os seus Estados-membros a bloquear quaisquer artigos que visem os combustíveis fósseis.

Globalmente, os participantes admitem que ainda estão muito longe do principal objetivo do acordo de Paris, que é limitar o aquecimento global a 1,5 graus centígrados.

Os ativistas climáticos de todo o mundo manifestam a sua frustração com a forma como está a decorrer a 28ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre o Clima. Em Veneza, o grupo "Extinction Rebellion" tingiu a água do Canal Grande em protesto contra o "fracasso da COP28", enquanto penduravam da ponte de Rialto uma faixa onde se lia "COP28: enquanto o governo fala, nós estamos por um fio".

Em Lisboa, numa marcha, os ativistas apelidaram a COP28 de "uma anedota que ultrapassa cada vez mais os limites do absurdo" e voltaram a questionar a razão pela qual uma das maiores potências petrolíferas do mundo organiza um evento deste tipo. 

Nas ruas de diversas cidades pelo mundo a exigências é a mesma: o bloqueio de todos os novos projetos de combustíveis fósseis.

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