Após as eleições antecipadas na Sérvia, onde Aleksander Vucic volta a sair vencedor, a oposição e manifestantes vieram para as ruas de Belgrado pedindo justeza nos resultados e dizendo que não é a vontade dos eleitores.
As eleições antecipadas na Sérvia, realizadas no domingo, foram marcadas por alegadas irregularidades que levantaram dúvidas sobre a legitimidade do processo democrático. Alguns cidadãos e especialistas sublinharam as “condições injustas” das votações, enquanto manifestantes que se opõem ao presidente populista Aleksander Vucic saíram às ruas e concentraram-se frente à sede das autoridades eleitorais em Belgrado, pedindo justiça e acusando o sistema de manipulação.
Numa declaração preliminar, realizada por vários representantes de organizações internacionais de defesa dos direitos humanos, defende-se que a votação foi "marcada por uma retórica dura, parcialidade dos meios de comunicação social, pressão sobre os funcionários públicos e utilização indevida dos recursos públicos".
Apesar da vitória inicial do partido de Vucic com 47% dos votos, a oposição, liderada pela aliança Sérvia Contra a Violência recusa-se a reconhecer os resultados, citando as irregularidades e exigindo uma nova votação.
O presidente sérvio Vucic, que está no poder desde 2012, há muito que enfrenta críticas dos opositores, que contestam as restrições às liberdades democráticas. Apesar de, durante a sua liderança, o país se ter tornado um candidato a Estado-membro da União Europeia, as alegações de fraude e irregularidades lançam uma sombra sobre o futuro político do país, questionando diretamente a estabilidade democrática na região dos Balcãs.