O país não irá juntar-se ao bloco composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O novo presidente Javier MIlei considera que o momento não é oportuno.
Ao contrário do que estava previsto, a Argentina não irá juntar-se no dia 1 de janeiro aos BRICS, bloco composto atualmente pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul que planeia expandir-se a um conjunto mais alargado de economias em desenvolvimento.
A decisão foi anunciada pelo novo presidente argentino Javier Milei, que alega que o momento não é oportuno para a Argentina se juntar ao bloco como membro de pleno direito. Numa carta endereçada aos cinco líderes do bloco, promete intensificar as trocas comerciais e as relações bilaterais com cada um dos atuais membros.
Milei, que se define como "anarco-capitalista", lançou uma série de reformas para desregular a economia do país e limitar a intervenção do Estado ao mínimo. Durante a campanha, prometeu cortar relações com os países comunistas, numa altura em que o investimento chinês na América Latina cresce, e declarou-se alinhado com as "nações livres do Ocidente".
O antecessor de Milei, o antigo presidente de centro-esquerda Alberto Fernández, apoiou a adesão à aliança como uma oportunidade para alcançar novos mercados. Os BRICS representam atualmente cerca de 40% da população mundial e mais de um quarto do PIB mundial.