Hamas anuncia a morte de dois reféns israelitas. Um tinha passaporte português

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Hamas deu como morto Yossi Sharabi, de 53 anos, que foi raptado a 7 de outubro e tinha nacionalidade portuguesa

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O Hamas divulgou na noite de segunda-feira um vídeo a anunciar a morte de dois reféns israelitas, alegadamente vítimas de bombardeamentos das forças de Israel.

As imagens do mais recente vídeo divulgado pelos militantes palestinianos mostram uma refém, Noa Argamani, de 26 anos , que revela que dois homens que tinham sido sequestrados morreram em ataques aéreos israelitas durante o cativeiro.

Argamani, bem como os dois homens que terão perdido a vida - um deles com passaporte português - apareciam num vídeo que o Hamas tinha divulgado no domingo, no qual incentivava o governo israelita a parar os ataques, aéreos e no terreno, para que os reféns fossem libertados. "Amanhã, vamos informar-vos do destino deles", lia-se numa legenda do vídeo.

No segundo vídeo, divulgado já na segunda-feira, as brigadas Izz ad-Din al-Qassam - braço armado do Hamas -  informam que os dois homens foram mortos. São Itay Svirsky, de 38 anos, e Yossi Sharabi, de 53. Sharabi tinha passaporte português: fonte da Comunidade Israelita do Porto confirmou à CNN Portugal que o homem dado como morto pelo Hamas era filho de pai marroquino, de apelido Turgeman, e de mãe marroquina, de apelido Sharabi. "Membros da família Turgeman regressaram a Portugal, provenientes de Marrocos e Gibraltar, nos séculos XIX e XX, estando sepultadas no cemitério judaico de Lisboa", referiu a mesma fonte.

O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, desmentiu o Hamas e garantiu que Israel não foi responsável pelas mortes dos dois reféns, acrescentando que a pressão das forças israelitas não vai diminuir: "Se o fogo parar, o destino dos reféns estará selado por muitos anos em cativeiro do Hamas", frisou. "Sem pressão militar, ninguém falará connosco, sem pressão militar ninguém assinará qualquer acordo. Só de uma posição de força os reféns serão libertados", disse ainda.

Também na segunda-feira, o secretário-geral da ONU voltou a falar sobre o conflito em Gaza, admitindo que a ajuda que chega aos palestinianos não é suficiente.

"Ainda que tenha havido alguns passos para aumentar o fluxo de assistência humanitária a Gaza, o auxílio que salva vidas não está a chegar às pessoas que sofreram meses de agressões implacáveis", sublinhou António Guterres. Estima-se nesta altura que cerca de 85% da população da Faixa de Gaza tenha deixado a sua casa e a ONU reiterou que as entregas de medicamentos, combustível, água e equipamento sanitário ao norte de Gaza têm sido negadas várias vezes consecutivas desde dezembro.

O exército israelita anunciou entretanto que vai concluir a "fase intensiva" da sua operação no terreno em Gaza, depois de ganhar controlo da parte norte do território. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, acrescentou que os militares contam em breve passar a controlar igualmente o sul da Faixa de Gaza.

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