A Costa Rica não quer ser um narcoestado e pediu ajuda à União Europeia

Detenção de membros de cartéis de droga na Costa Rica
Detenção de membros de cartéis de droga na Costa Rica Direitos de autor Euronews
Direitos de autor Euronews
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Quase todos os dias são feitas buscas a bairros para tentar desmantelar cartéis de droga. O governo planeia aumentar a presença policial, mas teme-se que a Costa Rica fique sob controlo de narcotraficantes em meses. O país quer uma cooperação estreita com a União Europeia em matéria de segurança.

PUBLICIDADE

A Costa Rica tem assistido a um aumento brutal no que diz respeito ao tráfico de estupefacientes e pode estar à beira de se tornar um narcoestado. 

O país caribenho, destino turístico de excelência, procura ajuda do outro lado do Atlântico e quer agora estabelecer uma cooperação próxima com a União Europeia em matéria de segurança. 

O tráfico de cocaína e fentanil já inundou os arredores da capital San José, onde a polícia não poupa esforços em perseguições aos líderes dos gangues.

Nas ruas de San José, há cada vez mais tráfico de droga, assassinatos e roubos. Alguns residentes dizem mesmo que não é aconselhável sair de casa à noite. 

No ano passado, a a violência entre gangues fez com que a taxa de homicídios disparasse 40%, até ao número mais alto de sempre. A Costa Rica está quase numa situação limite, e, apesar do aumento de 10% da presença policial anunciado pelo governo, muitos temem que, em meses, o país fique nas mãos do narcotráfico 

"Não estávamos preparados para lidar com tráfico de droga tão violento, responsável por tantas mortes," admite o ministro da Segurança Pública, Mario Zamora.

"Há uma grande diferença entre os recursos da polícia e o leque enorme de recursos ao dispor dos traficantes de droga hoje em dia", acrescenta o governante.      

A Costa Rica vira-se agora para o outro lado do Atlântico e quer uma cooperação estreita com a União Europeia em matéria de segurança. Uma intervenção mais dura na América Central poderá também reduzir a quantidade recorde de cocaína que entra na Europa.

"Estamos preparados para ajudar com a partilha das boas práticas na Europa. Teremos especialistas que vão auxiliar as autoridades portuárias, a polícia e também nos aspetos legais ", refere Pierre-Louis Lempereur, embaixador da União Europeia na Costa Rica.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Polícia do Equador detém quase 70 membros de gangue que tentavam controlar hospital

Narcotráfico ressurge em força na Colômbia e está a deixar rasto de sangue indígena

Preguiças em risco na Costa Rica