Yulia Navalnaya foi recebida em Bruxelas pelo chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, na segunda-feira. Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros garantiu que regime de Putin será responsabilizado pela morte de Navalny.
A viúva do líder da oposição Alexei Navalny prometeu trabalhar para "construir uma Rússia livre" e esteve em Bruxelas para se encontrar com o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, e com ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia para discutir como responsabilizar o regime de Vladimir Putin pela morte do marido.
Josep Borrell expressou as condolências à mulher do opositor russo Yulia Navalnaya e deixou a garantia de que o Presidente russo, Vladimir Putin, e o seu regime "serão responsabilizados pela morte de Alexei Navalny".
"A meio da reunião, recebemos Yulia Navalnaya. E prestámos homenagem à memória de Alexei Navalny que, como sabem, foi lentamente assassinado numa prisão russa pelo regime de Putin. Penso que são estas as palavras: assassinado lentamente numa prisão russa pelo regime de Putin", declarou o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança durante uma conferência de imprensa.
Num vídeo partilhado na segunda-feira, Yulia comprometeu-se a dar continuidade ao trabalho do marido para uma Rússia livre, apelando aos apoiantes de Navalny que se juntem a si.
A mãe de Navalny também se deslocou ao complexo penal no Ártico russo onde o filho morreu. O corpo só deverá ser libertado dentro de duas semanas, tempo durante o qual serão realizadas novas perícias, terão indicado as autoridades russas à família.
Yulia Navalnaya acusa as autoridades russas de terem usado Novichok — um agente nervoso utilizado pelos serviços secretos russos, de que Navalny foi vítima já em 2020 — para assassinar o marido. Desta forma, alega, os entraves ao acesso ao corpo são uma tática para garantir a dissipação dos vestígios do agente nervoso.
A morte de Navalny tem comovido milhares de europeus. Em várias capitais têm sido organizadas vigílias em homenagem ao principal opositor de Putin, tal como aconteceu em Roma, onde centenas se reuniram na segunda-feira.