Com manifestações e bloqueios de estrada a decorrer, o primeiro-ministro Gabriel Attal anunciou novas medidas de apoio ao setor, a poucos dias da abertura do Salão da Agricultura em Paris.
Com os protestos dos agricultores ainda na rua, o primeiro-ministro de França anunciou novas medidas para reforçar a lei da agricultura e alimentação, conhecida como EGALIM, e melhorar a remuneração dos profissionais do setor. Isto em resposta aos protestos generalizados dos agricultores, que estão descontentes com a queda nos rendimentos e com o aumento dos custos.
"Ouvimos o apelo dos agricultores, assumimos compromissos e estamos a tentar cumpri-los. Este é apenas o início de uma nova página que estamos a escrever em conjunto com eles", disse o chefe de governo Gabriel Attal.
Attal promete, entre outras coisas, conceder um estatuto especial ao setor agrícola. Para muitos, as motivações do governo de Macron não são claras e é preciso agir.
"Temos a sensação de que o governo está a tentar acalmar a raiva dos agricultores antes do Salão da Agricultura (que abre a 24 de fevereiro). Espero que não seja esse o seu objetivo, mas as propostas do governo têm mesmo de ser postas no papel", diz um agricultor na manifestação.
Poucas horas antes do discurso de Gabriel Attal, e três dias antes da abertura do Salão da Agricultura em Paris, um grupo de agricultores bloqueou um troço da autoestrada A62.